Observo (sôfrego!)
a silhueta da mulher quase menina,
sorriso desabrochado de semideusa.
Ela nada quis além de um cálice,
um gole (sôfrego!) no sangue da terra.
Dadivosa bênção das uvas,
o seu mistério secular.
Sua tez morena é a varinha mágica da música.
Arfam os seios, rutilam os olhos.
A volúpia nos quadris,
o samba fazendo alma.
Apenas um cálice...(cale-se!)
Passos ritmados, o estandarte doido.
O corpo.
Ao diabo as penas do corpo!
Tamborilam todas as fibras.
Expiram os últimos anjos.
Valei - me, Gabriel,
que a minha espada
é flamejante!
Joaquim Moncks