Cinqüenta e cinco anos e um
assobio lacaio ao final da tarde.
O sol deita-se sobre o mar e o
verão diz a que veio.
Lá longe, num piscar de olhos,
nuvens tomam um mate de comadre.
De lambuja, lagarteio a esperança
e o sonho do dia seguinte.
Só não há peixes para quem
nunca soube dos soluços
do mar de esperas.
Na cabeça o (re) canto de amor,
a bicicleta arisca, sapeca
e o verdemar do desejo.