- in memoriam de Magda Costa
Acendam-se os candelabros
da primitiva estância.
Santa Helena se engalana.
Aqui o sarau se eterniza.
É o século dezenove
com sua celebração.
Reative-se o ciclo do charque
em toda a sua memória.
Reunidos novamente,
repete-se a Távola Redonda:
menestréis de antanho,
(seus balaustres de sonhos)
cantando suas estórias,
caceteando o oficialismo,
e o sortilégio das amadas
no bagaço das ilusões.
Num sodalício de três estados
o que são duas décadas,
quase três, pra nós outros,
(nesta estância dos beirais
desta Laguna dos Patos)
que inda vemos mantas de charque
e o trabalho do povo negro,
deitado sobre os varais?
Para quem reabre a porteira
do tempo, o que desafia é o resgate,
a luta para redimir a cidadania,
banir da vida
os seixos tristes da história.