Se ser do mar é destino
o que dizer da jangada
de toda jangada do mundo
que faz do vento jornada?
A jangada já trançada
na salinidade da orla,
pousa no mar silenciosa
para do mar ser levada
Mas o mar que a nomeia
com o vento a devora
e a insere em seu horizonte
de acaso e vôo sem hora
E entre tantos movimentos
de outros seres de água,
a jangada, já desperta
cria novo paradeiro,
agora, de ave do mar
assentada no destino
que o mar lhe trouxe
de volta