Quando lembrar de mim
não se esqueça
de que sou humana,
de que sou adulta,
de que sou criança.
Não se esqueça
de que tenho alma,
de que tenho brilho,
que sou luz divina,
que sou meio deusa,
mulher do centauro.
Tenho um anel de topázio
e nas noites de lua cheia
sou cavalo branco,
balanço minhas crinas
nas dunas do deserto,
nas areias da praia,
sob as estrelas.
Não se esqueça
de que posso sonhar.
Que ainda guardo eu menina
e que desde pequenina
queria sair de casa
e que ainda lembro
quando me perguntavam:
"o que você vai ser quando crescer?"
eu pensava,
mas não dizia,
"vou ser um cavalo branco,
vou ser livre..."