Em minha face de narciso sulcada pela ilusão
Um conflito se revela entre as dobras do olhar
Quem sou eu?! diz suplicante, a intrépida razão
Humilhada e vencida, cansada de questionar
No deserto da incerteza busco o oásis da verdade
Como um rio sinuoso fluindo em direção ao mar
Pois meu nome é miragem que alimenta a falsidade
E meu corpo... vestimenta que um dia vou deixar
A ciência de Tomé diz: - O cérebro é quem
pensa!
E acaba transformando os neurônios e endorfinas
Em poetas verdadeiros, em autores dessas rimas
Mas talvez, eu seja mesmo, uma realidade densa
Que Alguém sonhou um dia, em Divina Inspiração
Alguém que vela por mim no silêncio do coração