Dispo-me nesse poema.
Percorrerei com meu olhar um paginar de meu passado oculto do mundo...
Tatuarei como retrato as diásporas dos dias vividos apenas em
meu pensar...
Cada percurso será um lento paginar das pálpebras dormentes
Em um eterno repensar e balancear...
E nesse despir-me,
deixarei que a inércia do tempo real vivido,
se perca nesse processo criativo e volátil...
Novamente entre a luz diáfana me encontro com o alvorecer...
E no tic tac das horas vou caminhando com o amanhecer,
que me pega mais uma vez
nesse constante repaginar de minha vida e meus amores...
Outra vez o medo de revelar nessa tatuagem poética
a fêmea-mulher que está presa em mim, me faz pudica...
Amanheço novamente entre páginas mal definidas de minha
vida...
Cubro com o amanhecer
essa mulher que dorme em mim...!