Deitado no concreto gelado
A ponta do ferro enferrujado
Se levantava, bem ao meu lado
Sem saber se era minha ou não a ação
Eu o vi penetrar em meu abdômen
Ia rasgando os órgãos em seu movimento
E então outra e outra vez, lento
No ritmo de minha respiração...
E uma gota do ácido do homem
Desse líquido arduamente contido
Escapou-me dos orifícios lacrimais
E essa lágrima me doeu bem mais
Do que cada estocada teria doído