Não sei bem
Acho que vou acabar de vez
O que não tem mais vez
O que já se acabou
Paro pra pensar
E quando me dou conta de tudo
Já não quero acabar com tudo
O que já se apagou
Me sento pra fumar
E aí sim, me vem uma clareza
É claro que não devo fazer nada
O nada é o que restou
O que é que tem
Se eu segurar um pouco as pontas
Até rebentar as pontas
Nada é o que prestou
E assim, deixo as ondas levarem
E deito no convés para apreciar o sol
Ou a tempestade de beijos loucos
Que desabaram de nuvens desconhecidas
E assim, vou com o barco e as ondas
Até ter força para remar
Ter energia para nadar
Até ter peso para afundar