deitaram-se nuas
no meio da noite
as meninas virgens
deitaram-se nuas
as doces meninas
e ainda eram virgens
e os seus esposos
acenaram logo
com as mãos erguidas
e logo chegaram
no meio da noite
como que perdidos
deitaram-se nuas
todas as meninas
escondendo as graças
e os seus consortes
logo as sucederam
e imprimiram o selo
estavam tão nuas
e eram mais puras
que longínqua estrela
e na amena noite
só fugiu o tempo
envolto num lenço
e depois de amor
daquele conúbio
choveram diamantes
o fecundo hino
daquelas meninas
musas citadinas
naquela noite toda
caem as flores finas
deusas fesceninas
e os seus amigos
inventaram lira
e os seus caprichos