cultivo a minha rosa no mais puro
cristal mas uma febre lhe rói pétala
a pétala com uma fome louca
e da flor resta a jarra solitária
um cavalo galopa no meu peito
com seus cascos de fogo me transporta
ao delírio à neblina da memória
tenho uma cruz na boca tenho terra
nos olhos e uma noite me solapa
cruel sorrindo escárnio e pus e campa
leva-me a insânia numa sem regresso
viagem pelos pântanos escuros
da alma e sua procura escura e azeite
e sei quem sou na forma do poema