I
Habitar uma ilha é poder ir-se com as ondas
do mar que banha os limites da casa
seja qual for o lado.
Uma ilha talvez seja uma face
das realidades que se transfiguram...
O todo é uma face e gira e nunca é tudo.
II
A transparência entre as ilhas
brota da diferença exótica, seqüência
inversa de sons, difere a escala
das notas, no entanto
não compara: arrebata e devolve
à origem. Insolubilidade de espaços
que tão só por atrito se amam
e depois pairam, solares.