Estive com teu olhar taciturno,
templativamente a me torturar.
O tempo a trotar, e tu a me fitar.
Tortuosamente então, tentei desviar...
Ah, tentativa tosca e tola.
Trouxe num intervalo de tempo
todas as lutas e tempestades...
E tu, forte, templacidamente,
me testando, tiranicamente.
Aí eu me vinguei!
Peguei todo o meu charme,
minha — por que não? — filosofia,
meus versos e frases,
minhas alegrias e fracassos.
Esvaziei meu corpo,
fiquei negro!
Somente restaram meus olhos cansados,
e foi com eles
que lhe pedi
desculpas...