(soneto inspirado em poema do poeta Ésio Rafael, que por sua vez tomou como inspiração o poema "se se morre de amor?", de Gonçalves Dias)
Se se morre de amor? Por fim, deveras
Pois na vida não se vive sem morrer
Do amor que acende a chama de viver
No fogo ardente de nossas quimeras.
O amor nos homens é instinto em feras
Não há comando em se tentar conter
E o fogo esparge sem se perceber
Vão-se os sentidos, nada mais ponderas.
Ah, o amor! Que sentimento insano...
Inerente a qualquer sentir humano,
É à própria existência imprescindível.
Não se vive um só dia, sem se amar,
Ou se morre de amor logo a acordar.
Morrer, viver de amor tudo é possível.