Tua vida ainda sinto aos braços
Ao fervor doce e fresco da presença
À partida que não rompe os laços
Da imortal chama, voraz e intensa
Consome a mim, lenta fugidiamente
Toca as nuvens num caminhar conciso
Desliza pura e plácida em meu poente
Numa doce volta de teu paradisíaco sorriso
Empluma as asas no leve sonho
Mergulha aos céus um tom impávido
Florescendo a tez do semblante risonho
Captura a essência num eterno amálgama
De duas almas num fulgor ávido
Da chegada e amor de quem se ama.