Zomba de mim enquanto sou teu abrigo
Teu riso e pranto
Apraz-se em meu castigo
Compraz-se em tua covardia,
Mata o amor que se faz por ser amigo
Quando amigo por amor
Calor cativo,
Esvai-se...
Desfaz do meu melhor sorriso
Com ares de tanto faz....
Em minha altivez
A resignância reside...
— "eu te perdôo"
carinho ambíguo permita-nos o amor amigo...
convalecer-nos-a se tangirmos
capazes de inserir-nos
em nossas próprias vidas
e na eloqüência do nosso eterno silêncio
deixar fluir...
marginal, rouba-me os sentidos
sou teu amigo amor
caminha comigo
faz de mim teu abrigo
impeça-nos do fim.