A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER
Sei que você fala no singular
e que se ama demais.
Sei da sua necessidade de liberdade,
da sua instabilidade,
da sua eterna dualidade.
Sei da sua infelicidade em ser assim.
Sei da sua crise de identidade.
Sei da sua contradição,
o mundo é cruel
e você prefere viver em outra dimensão.
Sei que você
não existe no mundo real,
que você é um vulto no horizonte,
um sonho,
uma doce ilusão.
Sei que você não passa
de um personagem
de Milan Kundera.
Sei de você.
Denise C. Duarte
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