Seu nome! é minha glória, é meu porvir,
Minha esperança, e ambição é ele,
Meu sonho, meu amor!
Seu nome afina as cordas de minh'harpa,
Exalta a minha mente, e a embriaga
De poético odor.
Seu nome! embora vague esta minha alma
Em páramos desertos, — ou medite
Em bronca solidão:
Seu nome é minha idéia — em vão tentara
Roubar-mo alguém do peito — em vão — repito,
Seu nome é meu condão.
Quando baixar benéfico a meu leito,
Esse anjo de deus, pálido, e triste
Amigo derradeiro.
No seu último arcar, no extremo alento,
Há de seu nome pronunciar meus lábios,
Seu nome todo inteiro!...
Maria Firmina dos Reis
Do livro: "Cantos à beira mar", 1871, MA
Enviado por: Elisa Carvalho