Um bandido tomou meu pagamento
Lá na praça, fiquei sem um tostão.
Levou cheque, cartão e documento,
Mas não fez uso da arma, em sua mão.
Quando me confortava o pensamento
De ter saído ileso do ladrão,
Desprevenido, então, neste momento,
Tu vieste usurpar meu coração.
Foi, no jeito de andar tão sedutor
Que, ao te ver, minha dor virou desgraça.
Quis roubar teu sorriso, ali, na praça.
Só restou, dos assaltos, grande amor.
Se dinheiro não tenho para a flor,
Já te deixo um poema, que é de graça.