As ondas de areia
embaçam a visão desértica
desse solo estéril de inspiração.
O poeta passa,
escreve e desaparece.
Sua escrita:
a areia apaga!
Nenhuma árvore para recostar
seu corpo cansado de tanto andar;
nenhuma água para saciar sua sede;
nenhum colo para (nele)
encostar sua fronte suada;
nenhuma miragem
para aliviar sua procura:
nada!
E ele continua a peregrinação.
Por fim encontra o sol que aquece,
a lua que encanta e descansa:
nas sombras do abraço da morte...