Nunca confies no amor das mulheres
Nunca creias em juras de cama
Nunca se iluda se dizem o que queres
Nunca te entregues, pois nenhuma te ama
Penses em ti, feches teu peito
Sejas duro, cruel e profano
Nunca te cegues diante do eco perfeito
Da boca que sussurrou te amo
Haja de pouco, priorize a razão
Não te entregues de todo
Pois enterrarás teu coração
No mais profundo mar de lodo
Te acerques de cuidados, quando miras paixão
Não erre como adolescente
Sejas objetivo, consideres a emoção
Para não o terem por demente
Não te entregues com toda a vida
Reserves em ti espaço para sofrer
Asseveres de zelo se o amor te convida
Com toda a certeza não irás padecer
Não sejas tolo diante do desejo
Não caias na armadilha do pecado
Cuidado com o veneno contido no beijo
No amor bandido do desesperado
Cuidado com a malícia do olhar
Cuidado com a rede que cerca o rosto
Cuidado para não enveredar
Pela longa estrada do desgosto
Ame, mas ame com simplicidade
Ame sem posse ou sofreguidão
Ame com um pouco de maldade
Ame com medo da solidão
Clodoaldo Turcato