Nome feio para falar de romance
Coeteris Paribus
– Tudo o mais constante –
Vê-la diariamente partir noturna
Levando sua cabeleira negra
E os olhos miúdos de esperança...
udo o mais constante...
Possuí-la em rápido açoite
Que dura mil e uma noites
De um ácido-doce aconchego
Marcado no relógio dos espelhos...
Tudo o mais constante...
Um abraço fotografado
E um relâmpago.
A memória e o sexo
Das flores que se projetam
No cálice de frio em agosto...
Tudo o mais constante...
Estar no deserto e na partida do ônibus.
Sob a sombra retilínea do poste de luz,
Escondida dos olhos do adeus,
Triste como as marcas de um aceno
No vapor das janelas de vidro:
Sua mão espalmada em minhas costas;
O arrepio em minha espinha;
O beijo mais doce que um aviso:
Coeteris paribus... Nosso amor nunca sobreviverá.
Vilmar Antonio Carvalho