A MAIÊUTICA DA PALAVRA

O verbo  instiga a palavra
acomodada em sua modorra.
É hora da vigília do amar.

Retalhos de vivências
incandescem saudades
com endereço certo.

O texto escorre
nas águas de um rio antigo
de margens às escâncaras.

A cumplicidade
tem a lucidez  das horas
 armazenadas.

Alucinado em seu exílio
o poeta nas vertigens excede,
pressente o poema.

A palavra construída
assume a alvorada do verso:
profecia.

Dúnia de Freitas

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