No de fora, ilumino-me
pelas salas de jantar,
mantenho impunes os quartos,
o porão,
e acrescento cortinas
para que o anoitecer
não desmanche o sol.
No de dentro, sou de cômodos
escusos, espaços ínfimos
para a alegria.
Sou decorado por noites
pênseis e prazeres mortos.
Frente aos amanhecimentos,
sou dos que amam quando fingem.