T´AQUI TARDIA

 Ver e não acreditar
 Na esperança de poder ser
 De querer fazer sem sentir
 Que por um minuto amou
 Sem cobranças de ninguém
 Que conheceu sem querer
 No ocaso da razão libertina
 Que reanima o que queremos
 Sob o sol da incerteza mais pura
 Que flui da loucura matreira
 Mas verdadeira e sem remorso
 Perdida no anonimato da mentira
 Compartilhada pelo segredo
 Virgem mas conhecedor de tudo
 Mas por nada, criado sem querer
 Sem dor ou emoção, existe
 Calmo e complacente com sua existência
 Porque só assim pode rever
 A vida como um todo
 Perdido na aurora de um tempo
 De uma era distante e impar
 Mas por tudo e por todos
 Escolhe a solidão e abraça,
 Com força e coragem o seu destino
 Ver o mundo como um homem
 Mas jamais como um menino

                                                             Paulo Nieri

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