CHUVAS DE MINH´ALMA
Chuva fina que em mim se infiltra
Pingentes frios a me calar nos ossos
Látego cruel, algoz sem remorsos
És a Tristeza que me traz desdita

Chuva noturna a me embalar os sonhos
No telhado cai em notas musicais
Sono tranqüilo, mansidão e paz
És a Felicidade em meu viver tristonho

Chuva rala é garoa, cai sem agitação
Gotas de cristal imitando luzes
respingos doces feito alcaçuzes
És a Amizade no meu coração

Chuva de verão que dos céus despenca
À sua passagem difundindo o medo
Destrói moradas com seus folguedos
És a Paixão que a alma me atormenta

Chuva benfazeja para as plantações
Despejando força para dar-lhes porte
Beijando as plantas a deixá-las fortes
És o eterno Amor de fartas emoções.

                                                                     Dorcila Garcia

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