ORVALHO, SERENO E MALVA

Qual orvalho beijando a flora
Assim quero viver
Sem me enfurecer
Sem enegrecer a alma
Sem me embrutecer

Qual sereno abraçando a noite
Quero em afetos desmanchar-me
De peito aberto, cantar amores
Banir da vida o fustigar do açoite

Quero o ar cheirando a malva
Aroma agreste que tonteia
No sopro do vento espalhar olores
Lembrar teu cheiro que já não me alcança...

Dorcila Garcia

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