Jejum de coca
maratona de yoga
serenata de mantra
noite adentro, mundo afora,
nas profundezas da Atlântida,
sob as cinzas de Tróia,
criatura sua,
eu procurei o criador.
Será que ousei pouca aventura?
Empunhei armaduras,
saqueei sagradas escrituras,
entrei em cruzadas homéricas,
esotéricas, telúricas,
bebi do Daime, Graal,
Mahabharata, Alcorão,
etc. e tal.
Mas fui condenado
à lei do eterno retorno.
Eis-me aqui de novo,
com a mesma questão:
de onde vim, pra onde vôo?
Guiai-me, Platão,
no fim do túnel há uma luz rude
que ofusca os sentidos da gente.
Tanta peregrinação
dava até um road movie
(com esperança de happy-end?)
Help Thelma & Louise,
please,
não me larguem nesta crise.