A QUATRO MÃOS
(primeira estrofe, poema de Leila Míccolis, a segunda, de Luiz Arthur)
"Tem dias que nasço homem:
berro palavrões
xingo no trânsito,
bato portas,
me embriago nos bares,
me emputeço.
Tem dias que nasço mulher:
esqueço".
Tem dias que nasço mulher:
sou terno e poético.
Tem dias que nasço homem:
e permaneço...
Luiz Arthur Brito da Silveira