Somos todos iguais
aos iguais na natureza.
Vide o bolor:
nasce pó e morre pó.
Com sua cor esmaecida,
vive no pão esquecido,
mora no arroz cozido que azedou
e quando posto embaixo d’água,
tenta sobreviver
juntando-se bem forte com suas
partes.
Transforma-se numa massa em forma de tecido
que, se pudesse existir
tecelão para tal trabalho,
faria o vestido do fim da primavera...