TIBET
Agora já me decido
estar com muita gente
Sou outra pessoa sem ti
Não é porque já não estás
que me decido viver nas sombras
Porque já não é o de sempre
Vejamos a sorte, então...
Agüente um pouco mais me dizias
À revelia das ganas de ver-te
Pois penso-te pobre de espírito
e sentimental demais
Por que fazemos tudo igual?
Será que a rotina tem-se
feito mais e mais forte?
O mais importante de mim
jaz oculto na carne
Fico inerme de alma,
como um velho mascando tabaco
Esse torvelhinho que habita-me
De uma autobiografia inacabada
Esperando e permitindo
Como o descanso das crianças
Permiti-me sem ti
Sonhar com o Céu do Tibet
Perseverar pelo lado
obscuro da Lua
Vagar pelas ruas de
Paris nas madrugadas
Conhecer as Terras Reais
Já posso morrer sem ti,
não sem antes conhecer
os ares do Tibet
Já a tenho tomada, a decisão
Tenho muito o que ver...
Posso suportar tua falta de caráter
E essa nefasta falta de cérebro
Mas não agüento
tua estreiteza de coração.
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