Quero usar novo vocabulário,
novas construções de frases,
gestos, entonações audazes.
Prefiro ver um novo país
cada vez que passo na saída da Sunset na 405.
É mais sereno em São Paulo,
menos inundação no Rio.
Parar com as poesias
é cerrar melancolias.
Durante todo o tempo que me curvo ante a tela
fico amarrando o coração
que teima em cair por cima das teclas e do mouse.
Não quero guardar esse sentimento de segunda-feira
num sábado alegre e jovial.
Não quero defender tua vaidade
de não aparentar a idade.
Você é, eu sou.
Eu estou, você está.
Milhões de anos luz apesar de algumas milhas de carro.
Eu estou, você está.
Onde o vento faz a curva,
onde a estrada se bifurca.