PARA TODO O NUNCA
Se ontem não aparecestes
E hoje não estás aqui
E amanhã tampouco
E depois, nem mais te espero
Depois de depois, nem mais te quero
Um mês e já nem me lembro
Um ano e nem te conheço
Dia após dia
Diariamente
A cada dia
Cotidianamente
Pelo resto da minha vida
Nenhum vulto do passado
Nem sequer uma única recordação
E no derradeiro suspiro
Espantado, nem entendi
Por que visitaste minha memória
Se há muito te esqueci?
Antônio Carlos Borges Cunha
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