QUADRO POLIESTÉTICO
De dentro da tela
vem uma voz vermelha
que com olhos negros
derrama lágrimas amarelas.
A boca,
uma cena exposta,
frutas maduras.
As mãos,
uma tormenta cor de vinho.
Os dedos,
longos, verdes.
Cabelos,
esvoaçantes,
torturante cor
furtada pelo tempo.
É um quadro antigo
seguro por um prego novo
numa casa cor-de-rosa.
Poema do livro: "It", Blocos,
1997, RJ
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