Sem fim,
cega ao amor
e tampados os ouvidos,
ouve meu grito mudo,
em mim,
cego ao amor
e com o tato perdido,
ouve meu grito
de pavor
Ouve meu grito
Um feto encolhido
tremendo
aflito num mundo
estranho,
sozinho,
ao sabor do destino,
com o olhar de menino
que nunca perdi.