Cala a cara da paúra
Em tua face urgente e meiga
traçada a máscara penitente.
Embala o sono da candura
Em tua face agora escura
Escondida pela máscara reincidente.
Todos os lábios das damas ardem
Todas as damas se perdem
Ao toque sutil da velha chama.
Toda mulher de amor se invade
Toda defesa é então covarde
Se uma moça diz que ama.
Mas, à tua mão, de cruel secura
Onde repousa em calma branda
Esconde o riso da luxúria que emana.
E ao desenrolar de nova trama
Como às máscaras se deu conta de impostoras
Somos moscas na teia da criatura.