Um dia (quanta fantasia!)
eu quis entender uma mulher
de vinte, trinta, quarenta... e não consegui,
sequer vivi.
Enfim, veio-me dos céus, a de cinquenta,
que à tarde do longo dia que é minha vida,
às portas do outono ainda enfeitado de flores queridas,
mostrou-me que uma mulher não se inventa,
não tem idade, não se desenha, não se remenda
Com Tana aprendo que uma mulher é festa
quando, só e inteira verdade no peito do seu homem,
o homem por ela e para ela feito,
se aninha e em seu corpo, alma e ser
lhe canta a paz e a seresta do prazer
na sua realização e na dele; no seu bem querer
Aprendo a realidade com Tana,
a mulher que me faz ver
a verdade de uma mulher que ama.