Quando o vento sopra sua brisa suave em meu rosto,
Uma vaga lembrança me aborda,
Uma saudade sem explicação me envolve.
Sentado no alto de uma pedra de uma grande montanha,
Vejo à minha frente paisagens de um mundo remoto,
Vales, montanhas e pequenas nuvens,
Bem brancas, a concorrer com o azul do céu.
Sinto meu espírito ampliado,
Conjugado com os elementos belos da natureza, que me cerca.
Sinto o cheiro e o sabor de alguém,
Que se solta em desdobramento,
Carregado pelas leves emanações de seu ser,
E que viaja pelo mundo em procura.
Nossas essências se esbarram nas sensações soltas
pelo ar,
Se identificam, se reconhecem, mas não se recordam.
Meu olhar se volta para o infinito,
Tentando rastrear aquilo que procuro,
E ainda sinto no ar as energias deste ser que me atrai,
De minha outra parte,
Que também procura,
Me sente,
Mas não me encontra.