Trago-te versos, sonhos concebidos,
nascidos bem no fundo do meu ser.
Lá dentro, eles dormiam esquecidos,
esperando o momento de nascer.
Por certo estavam eles escondidos,
guardados, sem eu mesma perceber.
Tocaste suavemente os meus sentidos
com palavras, mostrando o teu poder.
Vieste na minha alma remexer,
fazendo o que era noite amanhecer,
acordar, descobrir em mim a esteta.
Despertaste, num golpe de magia,
aquilo que nem mesmo eu conhecia:
que eu também poderia ser poeta.