era uma vez...
faz-de-conta...
este quarto não é meu...
e não sou aquele espelho
neste edredon meu sono não suou
este quarto não é meu...
e as persianas-janelas nada ocultam
e esta cama?
sem pijama, robe de chambre
e camisoa de dormir, nem pensar
este quarto não é meu...
e as nuas paredes, vejam só!
querem nas minhas pernas
esfregar-se
este quarto não é meu...
nesta porta a minha boca não fecha
e minhas mão imóveis
qual móveis
por instantes, refletem-se neste teto
mas este quarto não é meu...
familiar só a lembrança
da minha sombra
decididamente...
este quarto é meu!
era uma vez...
faz-de-conta...