Com o cenho e patas súplices,
espreitam-te os aguais,
as forjas e forquilhas,
aguardam-te os cipós da dura fainca,
sinete de caverna,
onde a flor das orelhas
se rebela.
Trabalhas, trabalhas,
o sol nas espáduas,
meu irmão,
a miséria é rua renda
e o monjolo,
sem tempo de paixão,
sem recompensa ou paga.
Animal,
quem te compreende,
quem te vê
para além de tua sede,
das cargas e dos pesos?