Vazia de afeto,
inapetente da vida,
a estrada me oferecia
um prato de concreto
Curvas, retas, solidão agreste,
Pavarotti cantando,
chorando...
Minha lágrima esfriava
no ar condicionado,
o vidro fechado.
Tudo era mais vivo que eu,
até mesmo o carro.
Por quê não páro?