Desculpe pelos meus cinco dedos
molhados, mesmo sabendo tu
da dor que deveras sente o
meu coração.
Desculpe esses gestos tontos,
esses dedos sempre molhados,
essa rouquidão insegura,
esse catarro constante.
... E com fome tenho de brincar
de sono, enquanto meus olhos
consomem a rouquidão da noite e o
meu peito ensaia, com exata
democracia, um tango à penumotórax
Desculpe essa ida
via vida.