Eu ouço teu alô e silencio.
Não posso responder-te. Alma desnuda,
embora, não emito um balbucio.
Meu coração, aos saltos, de saúda.
Tenho tanto a dizer-te... mas adio
a confissão — esse querer não mda
E repetes: — "Alô!" num tom macio.
Fico a escutar-te a voz... Que dor aguda!
Nem lembro que disquei. Num desvario
quase te conto meu segredo antigo:
um Bem maior que conservei comigo.
Ai, não ouso vencer o desafio!
Quero falar-te, Amor, mas n!ao consigo!
A coragem me falta. Enfim... desligo.