Lá longe, perto do céu,
lá longe, no fim do mar
há um incêndio, um fogaréu
uma floresta a queimar?
— Não, não! É um palácio de ouro,
de ouro, de ouro —
à flor do mar!
Por sobre as águas rolando
branquejando, uma por uma,
passam nuvens a boiar . .
nuvens branquinhas saltando
nuvens branquinhas de espuma
sobre as águas a rolar?!
— Não, não: é um cavalo solto
que vai sem freio, revolto,
crina branca à flor do mar.
Quem me dera ir galopando
nesse cavalo espumando
e entre os ventos a voar. . .
galopando, galopando
até o palácio cor de ouro,
todo de ouro, além do mar!