Destino
Aportei meu navio
numa curva reversa do seu mar,
você me lembrou um jovem amante
que apertava, arranhava docemente,
conquistando devagar
conheceu a química, não deixou saturar.
Fui jogando lentamente âncoras,
esquecendo bravatas.
Plantamos jasmim azul
na rua labiríntica do meu lar.
Dia após dia, meigamente,
você entrava e saía de mim.
Um homem afinal que amava satisfazia.
Fui no espelho: não me reconheci,
sorri de desejo. Não tive saída.
Capitulei.
Minha tristeza havia sido
gravemente comprometida.
Do livro: "Maga néon", Massao Ohno Editor, 1988, SP
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