Nós, os bêbados, também temos nossos clássicos.
Temos predileções.
nosso fígado e nossos corações são excêntricos
e gostam de beber palavras ou uísque
até a madrugada.
o botequim é nossa catedral.
Eu, que não me chamo Borges,
mas adotei os seres imaginários,
tenho cá minhas manias:
Cervantes
e cerveja.
Ginsberg
e Underberg.
Heiddegger
e Heineken.
Jack Jerouac
e Jack Daniel's.
Bar
e Mozart...
Do livro: "Saciedade dos Poetas Vivos" - vol 1, Blocos, 1991, RJ