dentro da jaula do peito
meu coração é um leão faminto.
e devassa a madrugada
como um felino atento
seguindo a órbita da urbe
e a têmpora do tempo.
já foi casa de marimbondos,
já foi covil de serpentes,
já foi um sol sob nuvens.
vez em quando veste a calma
de uma floresta sem pássaros,
enquanto rosna em sigilo,
afiando as garras para o próximo salto.