Bronze e brasa na treva: diamantes
pingam
(vibram)
lapidam-se
(laceram)
luz sólida sol rijo ressonantes
nas arestas acesas: não vos deram,
calhaus
(calhaus arfantes),
outro leito
corrente onde roçar-vos e suaves
vossas faces tornardes vosso peito
conformar
(como sino)
como de aves
em brado rebentando em cachoeira
dois amantes precípites brilhando:
tições em selvoscura: salto!
beira
de sudário ensopado abismos armando
amo r
amo r
amo r a
mo r te
r amo
de outro fruta amargosa bala!
e gamo.
Do livro: "A poesia piauiense no século XX",
FCMC, Imago, 1995, PI/RJ