Quem dirá aos amantes
o caminho
pelo qual os corpos vão
ao termo do que souberam?
E depois foi noção,
espaço, letra,
e não quiseram o retorno?
Quem os aguardará do outro lado
onde o riso,
a aveia, são o preâmbulo
da carícia no seio?
Quem dirá aos
amantes que o amor há de despir
o acontecido
e passará pela mão
como passou o frio
de flor em flor?
Do livro: "Abajur de Píndaro & a fabricação
do real", Edições Quíron/MEC, 1975, SP/Brasília